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O Senhor dos Anéis - A Sociedade do Anel

O livro começa com um prólogo sobre os Hobbits, e eles são descritos como seres pequenos, de no máximo 1,20 metros que se estabeleceram no oeste de Eriador depois de migrarem do norte de Verdemata. Eles estavam preocupados com o crescimento no número dos Homens e da nova presença do necromante em Dol Guldur. Haviam três grandes grupos de Hobbits, os Pés-Peludos, amigos dos anãos, morenos e mais baixos, mais numerosos também, gostavam mais de tocas. Os Cascalvas, amigos dos elfos, da poesia, da música e mais metidos a aventureiros, e os Grados, amigos dos homens, viveram muito tempo junto do grande rio Anduin. Os Tûk e os brandebuques são os mais notáveis cascalva, normalmente líderes dos outros grupos de hobbits. Eles viviam em tocas no início, mas logo aprenderam a construir e a maioria deles morava em casa compridas de um andar. Eram um povo pacífico que vivia da terra e evitava o confronto, sendo notoriamente esguios e furtivos. Sabiam usar armas porém não tinham grande apreço à elas, tendo a unica batalha sido travada no Condado quando orcs invadiram vindo do norte e os hobbits foram liderados por um Tûk que livrou as terras de ameaças.

Ainda sobre Hobbits tem uma sessão sobre a Erva-de-Fumo, dizendo como o hábito de fumar foi inventado pelos Hobbits e que a erva é uma espécie de nicotiana. Depois descreve a estrutura social dos Hobbits, como eles constituem um prefeito em Grã-Clava, uma equipe de Foresteiros para cuidar das fronteiras, uma equipe de Carteiros e uns poucos que serviam como uma espécie de polícia. O cargo de rei foi há muito esquecido, sendo o último um morador de Fornost. Hoje em dia está sobre ruínas e com alta vegetação. Ainda assim os Tûks representam os líderes em casos de emergências, pois ainda são ricos e com espírito aventureiro.

O livro continua falando sobre a erva de fumo e como os hobbits começaram com o costume de fumar. Depois descreve como era a estrutura social do Condado, onde havia um Prefeito em Grã-Clava que organizava os carteiros e os vigias das fronteiras. Havia um rei muito tempo atrás que foi responsável por criar o conjunto de leis dos hobbits, e ele habitava em Fornost. O líder deles ainda é um Tûk, que é responsável por organizar os hobbits-em-armas nos momentos de urgência.

Por fim, descreve sobre o Anel. As primeiras versões de O Hobbit não existia a ligação com este livro, e Gollum era um ser amigável que prometeu o anel à Bilbo como um presente por vencer o Jogo de Adivinhas. Como ele não encontrou o anel (por já estar em posse de Bilbo), ele então o mostrou a saída. Essa versão é justificada por Tolkien como sendo a versão que o próprio Bilbo escreveu em seu Livro Vermelho. Depois Frodo e Sam modificaram com a história verdadeira, que eles descobriram nas suas viagens. Assim, o livro que lemos hoje já é essa versão corrigida para conectar com o senhor dos anéis.

O livro começa descrevendo sobre como Bilbo e seu primo-sobrinho Frodo estavam na boca do povo. O jardineiro deles, o velho Feitor Ham Gamgi, estava numa taverna discutindo sobre como Bilbo era generoso e gostava de Ham, que ajudava no seu jardim. Bilbo adotou Frodo depois que seus pais se afogaram lá na terra dos Buques. E deixou ele como seu herdeiro, para o desespero dos Sacola-Bolseiros. Bilbo era fruto de lendas, ele tinha tesouros e riquezas inimagináveis, e não parecia envelhecer nunca, estando próximo dos seus 111 anos de vida. Frodo faz aniversário no mesmo dia que ele, 22 de setembro, e vai fazer 33 anos, a idade da maioridade intelectual dos hobbits. Uma grande festa está preparada, correndo rumores a partir do filho do Feitor e mais novo ajudante e jardineiro dos Bolseiros, Samwise Gamgi. A festa é celebrada com a ajuda de anãos e do mago Gandalf, que chega com uma carga de fogos de artifícios. Todos são convidados e recebem presentes magníficos, raros e por vezes mágicos. Depois de um desjejum, um almoço e uma grande ceia, Bilbo se prepara para o seu discurso.

Bilbo faz um discurso no seu aniversário e encerra dizendo adeus, e iria embora. Então bota o anel e some. Volta para casa e começa a se arrumar para partir, deixando tudo organizado para Frodo. Quase tudo, na verdade, de última hora não consegue deixar o envelope com o anel para Frodo. Gandalf aparece e conversa com ele sobre isso, que inesperadamente começa a se portar como o Gollum, chamando o anel de seu precioso e ficando agressivo com a insistência de Gandalf para deixá-lo para trás.

Bilbo finalmente se liberta do anel e parte para sua jornada na companhia de três anãos. Gandalf espera pensativo a chegada de Frodo, que recebe com espanto o anel e a escritura que diz que ele é o novo dono de Bolsão. Gandalf diz que ele não deve usar o Anel e parte em seguida. Frodo então fica responsável por enviar todos os pertences que Bilbo deu de presente para seus parentes, até que Gandalf volta todo misterioso dizendo para ele não usar o Anel e deixá-lo escondido e em segredo

Gandalf retorna depois de vários anos. Frodo o percebe mais soturno e cansado, como se a idade tivesse chegado mais rápido para ele nos últimos tempos. Eles passam a noite conversando e Gandalf revela finalmente a natureza do Anel de Bilbo: É um Anel de Poder, capaz de estender a vida daquele que o usa, porém o subjulgando ao seu domínio. Por isso Bilbo estava se sentindo "esticado", sempre preocupado com o Anel e sempre querendo usá-lo. O anel parece ter vida própria, se estendendo e diminuindo para assim entrar ou sair do dedo daquele que ele deseja dominar.

Gandalf diz que desde que Bilbo pegou o Anel e após expulsar o Necromante Sauron de Trevamata ele suspeita do real poder dele. Saruman é o mago líder do Conselho, e o perito em anéis mágicos. Ele reassegura Gandalf de que não é o Um Anel, e que não precisa se preocupar. Isso o deixa relaxado e ele o tira da mente, um erro que ele se arrepende profundamente. Pois enquanto isso o antigo dono do Anel, Sméagol, o Gollum, estava a solta tentando encontrar Bilbo. Ele viaja por Trevamata, e até por Valle, sempre sorrateiramente, andando no escuro dos dias e noites sem astro no céu. Assim ele fica sabendo de muita coisa sobre Bilbo, e acaba sendo atraído para Mordor, as terras sombrias de Sauron. Lá ele é eventualmente capturado e assim torturado por informação, e acaba dizendo para o Mestre das Sombras que o seu precioso Um Anel ainda existe, e está sob posse de um tal de Bilbo Bolseiro, um Hobbit.

Frodo reconhece o seu papel como portador do Anel, até que ele seja alocado com segurança. Para isso, não deve permanecer no Condado, pois arriscaria a vida de todos. Deve então partir, mas não sozinho, seu amigo Sam Gamgi estava do lado de fora ouvindo, fingindo cortar as cercas-vivas. Quando é pego por Gandalf, diz que adoraria ver os Elfos e assim é ordenado a seguir Frodo, como punição por bisbilhotar, algo que Gandalf diz como de brincadeira, pois sabe que o jovem Sam seguiria o mestre Frodo se o deixassem

No dia do seu aniversário, Frodo decide partir para Brandeburgo, se mudando para lá acredita que levantaria menos suspeitas. Ele vendeu Bolsão para os Sacola-Bolseiros, e quando chega o dia ele parte com Sam e Pippin Tûk a partir da rua antiga que passa pelas Colinas-Verdejantes. Antes de sair ele escuta o Feitor conversando com uma voz estranha que pergunta por ele, acha esquisito, mas não dá atenção. Depois de um dia caminhando em direção ao leste, eles ouvem sons de galope na estrada, e Frodo tem o pressentimento de se esconder, diz que não quer ser visto por bisbilhoteiros e caso for Gandalf eles podem pregá-lo uma peça. Assim se escondem e pelo seu bem, pois o cavaleiro é um ser sinistro em um grande cavalo preto, e ele mesmo veste um capuz e panos negros. O cavaleiro dá uma farejada no ar bem do lado onde Frodo se escondeu, e em seguida parte a galope. Sam diz que é o mesmo cavaleiro que interpelou seu pai, o Feitor no dia anterior.

Os hobbits estão caminhando tranquilamente em direção à terra dos buques, quando de subito escutam cascos novamente, se escondem e aguardam a chegada do cavaleiro negro. Ele fareja Frodo e começa a engatinhar em sua direção, crescendo de súbito a vontade dele de pôr o anel no dedo. Antes de mais nada, uma suave canção começa a ser ouvida na distância, e a sombra negra foge. Era Gildor Inglorion e sua companhia de altos elfos. Eles iam passando quando voltam e dão oi para os hobbits. Que os interpela sobre os motivos de suas andanças. Em seguida, Pippin pede informações sobre os cavaleiros-negros. Os elfos ficam preocupados e decidem escoltar os hobbits pelo caminho. Levam eles até uma clareira onde um salão se abre com a chegada das estrelas, e lá eles têm um banquete e descansam enquanto Frodo e Gildor conversam. Ele diz que os cavaleiros estão a serviço do Inimigo e que passou por Bilbo alguns dias atrás, encerrando a conversa com um conselho de que não deve se demorar na estrada.

Hobbits acordam e os elfos tinham ido, deixaram comida e bebida para eles. Pippin indaga sobre os cavaleiros-negros e Frodo está pesaroso de levá-los além do Condado, indaga Sam se mesmo após ter visto os elfos ele ainda deseja acompanhá-lo. Sam diz que irá onde o Sr. Frodo for, e que prometeu isso aos elfos. Eles decidem então cortarem caminho pelos pântanos em direção à Balsa, evitando a estrada.

O trio desce um barranco e vê um cavalo alto e negro em cima da encosta, com um vulto negro agachado do lado. Sabem que ele não vai descer, mas devem seguir rápido. Atravessam o pântano e pegam uma forte chuva. Descansam quando o sol abre e bebem uma refrescante bebida élfica dos seus cantis, revigorando-os.

Os hobbits continuam pela floresta até se depararem com uma colina descampada. Lá ficaram receosos por terem de correr nos campos longe da proteção das árvores. Avançando com pesar chegam a uma fazenda com portão de ferro e casa de tijolos. Pippin reconheceu e diz que era a fazenda do Velho Sr. Magote. Frodo conta que quando morava na terra-dos-buques ele costumava roubar os cogumelos da fazenda, e Magote o colocava para correr atiçando seus cachorros contra ele. Mas agora parecia amigável e ofereceu jantar, cerveja e uma escolta de carroça até a Balsa no nordeste. Além disso, conta uma história de como um sinistro cavaleiro negro o interpelou sobre um Bolseiro, que ele disse que não sabia e o mandou embora. Durante a viagem até a Balsa surge um vulto e sons de cascos, todos ficaram de guarda, mas era Merry.

Merry os guia pela Balsa até o outro lado do Brandevin, e ao olharem para trás parecem ver um vulto escuro rastejando próximo do ancoradouro. Em seguida se dirigem para a nova morada de Frodo. Ela é uma casa de um andar no estilo das tocas hobbits. Lá ele se vê receoso de como dizer ao pessoal que deve partir de imediato, mas para sua surpresa Merry já sabia, e também adivinhou toda a história do Anel e a jornada de Frodo. O brandebuque se mostrou um belo espião e contou como num dia viu Bilbo desaparecer ao ver os sacola-bolseiros no horizonte. Por fim decidem descansar e partir na primeira luz.

No início da manhã os quatro amigos saem pelos fundos da casa em direção à Floresta Velha. Fofo Bolger diz adeus aos hobbits e se despede com pesar por não acompanhá-los. Na floresta, Merry conta histórias de como seres esquisitos vivem ali, e de como parece que as árvores são vivas, capazes de ver e ouvi-los, sempre cochichando entre si e ocasionalmente até se movendo, derrubando troncos e levantando raízes para bloquear viajantes.

Em uma ocasião as árvores atacaram contra a Sebe que a dividia das terras dos hobbits, elas foram chegando cada vez mais perto e se encurvaram para cima da cerca. Os hobbits então cortaram um monte delas e fizeram uma grande fogueira para passar uma mensagem de aviso. Lá dentro os quatro avançam com seus pôneis, porém logo se perdem ao se verem obrigados a seguir trilhas que mudam de direção, e largas arvores que parecem bloquear seu caminho onde antes de longe parecia livre. Eles foram sendo guiados sempre para o leste e o sul, mesmo tendo como objetivo ir para o norte. Após descerem uma depressão para um córrego do rio Voltavime, são acometidos por um súbito sono, que chega com os esporos do chão e do topo das árvores. Mesmo tentando resistir, todos os quatro acabam se rendendo ao sono.

Os hobbits sonolentos se deitam sob um grande e velho salgueiro, que parece cantar para eles. Assim que se encostam no seu tronco, grandes fissuras se abrem e tragam Merry e Pippin para dentro. Frodo se e costa numa grossa raiz na beira do rio, e Sam não se deixa vencer e sai atrás dos pôneis, quando volta e ouvi algo caindo na água e algo se fechando como uma porta silenciosa. O primeiro era Frodo sendo empurrado por uma raiz, o segundo era merry e pippin sendo tragados pelo salgueiro. Eles decidem botar fogo na arvore, mas merry e pippin começam a gritar dizendo para apagarem, se não o salgueiro irá esmagá-los. No desespero começam a ouvir de longe uma voz feliz cantando uma canção, era Tom Bombadil, que canta para o salgueiro e salva os hobbits, levando eles para sua casa.

Tom e Fruta D Ouro contam histórias em canções sobre muitas coisas, e os hobbits aprendem muito sobre os seres da Floresta e dos arredores. Frodo se pergunta quem é ele, e o Mestre diz ser ele mesmo, antigo a ponto de ver o povo grande surgir, os hobbits migrarem e até os elfos irem para o oeste, dando a entender ser um ser realmente ancião. Ele pergunta muitas coisas aos pequenos e parece curioso acerca dos Cavaleiros Negros e do Anel. Ele pede para examiná-lo e brinca colocando no dedo, porém sem nenhum efeito. Frodo fica curioso se aquele era mesmo o Anel e põe em seguida, ficando invisível. Tenta se esgueirar, porém Tom o chama como se o visse normalmente, e diz para ouvi-lo sem o Anel no dedo, pois assim era melhor. Depois disso ele lhes dá dicas e orientações sobre por onde seguirem, os alerta sobre a Colina-dos-Túmulos ao leste, e sugere rumarem para o norte até a Estrada Leste. Caso se virem em apuros, basta cantarem uma canção para Tom que ele irá socorrê-los.

Os hobbits se despedem de Tom e Fruta D Ouro e partem para o norte, avançando sob as colinas em um dia quente de marcha. Chegam em uma colina com um cume côncavo como uma grande tigela rasa, e lá no meio uma grande pedra se projeta contra o sol, ela está fria e convidativa para os viajantes cansados, e eles decidem aproveitar sua sombra para almoçar.

O descanso depois do almoço se estendeu e os quatro acabaram dormindo sem querer. Acordaram com pressa para saírem dali antes que a noite e a neblina os engolfem. Frodo saiu disparado quando viu um portão que marca a saída das colinas. Porém ao chegar lá os postes do portão crescem sob ele, com uma sombra que o engolfa por completo. Seu pônei se assusta e o derruba, e ao olhar para trás vê que nenhum dos seus companheiros o seguiu. Ele começa a chamar e ao ouvir uma resposta sai correndo em busca dela. A voz o leva para a entrada de um túmulo e o chamar para as profundezas, ele diz que não mas seus pés já não funcionam mais. Uma sombra com olhos brilhando o cerca e cai sobre ele, foi pego por uma cousa-tumulante. Ele acorda em baixo da terra, em um túmulo, e ao olhar para o lado se depara com seus três companheiros, todos pálidos, vestindo branco e com jóias o adornando. Uma espada repousa sob seus pescoços. Frodo tenta se acalmar e é tomado por uma súbita coragem, vinda do fundo do seu âmago. Uma mão começa a rastejar em busca da espada em cima de Sam e Frodo rapidamente pega a espada em seu colo e desce contra o punho do braço rastejante, que solta um urro e some na escuridão. Frodo então se lembra da canção ensinada por Tom Bombadil para momentos de apuros. Estantes depois uma canção de resposta é ouvida e uma rachadura na parede aos seus pés é aberto, onde Tom aparece.

Tom tira Frodo e os hobbits do túmulo, cantando uma canção que expulsa a cousa-tumular de lá. Um monte de tesouros é resgatado por ele, e pega um broche de lazúli para sí, dando de presente uma adaga em folha de ouro para os hobbits. Ele diz que foi feita pelos homens de ociente, que caíram perante o mago-bruxo de Angband, em Cairn Dun. Depois disso ele chama os pôneis dos hobbits pelo nome e eles vêm enfileirados, com o de Tom liderando-os. Ele os guia até chegarem de volta na Estrada, e se despede deles com a orientação de seguirem até a cidade de Bri, onde a taverna Pônei Empinado é comandada por um homem baixo e largo, o nobre Sr. Cevado Carrapicho.

Bri é uma cidadezinha onde o povo grande e o pequeno vive em harmonia. Os homens são mais baixos e parrudos, e dizem ser um povo antigo que viu o êxodo para o oeste e a sua volta para a terra média. Se dão bem com anãos, elfos e hobbits. Na taverna de Cevado Carrapicho os diferentes povos se reunem para trocar notícias. Estranhos guardiões circundam as matas, protegendo as fronteiras, são descendentes dos reis de ociente e dizem que são capazes de se comunicar com aves e feras. São mais altos e morenos que os seus parentes do leste. Lá os hobbits chegam e se acomodam com uma farta ceia, decidem então se juntar aos outros na taverna que está cheia.

A companhia se reunia no salão principal da estalagem, onde uma grande lareira iluminava quase todos cantos enfumaçados. Frodo estava observando quieto enquanto Sam e Pippin divertiam uma grande plateia. Pippin estava empolgado com a atenção e quase revelou sobre o desaparecimento de Bilbo, se não fosse Frodo e sua intervenção. Um homem misterioso em um canto o chamou para conversar, era Passolargo, um Caminheiro que perambula pelas matas atento a todos os movimentos dos seres das redondezas. Ele alerta Frodo sobre Pippin e assim o hobbit decide de subito subir na mesa para tirar a atenção do seu primo. Com isso se vê obrigado a cantar alguma canção e assim se empolga com uma velha e tola música de Bilbo, até que escorrega da mesa e acaba colocando o anel no dedo, ou o anel que aproveitou e se colocou lá. De qualquer forma isso gerou espanto em todos e uma dupla de homens suspeitos se esgueira para fora do recinto.

Passolargo acompanhou os hobbits de volta ao seu salão de estar. Lá ele pediu um momento com Frodo e explicou que já sabia sobre os Cavaleiros Negros, do Anel e do nome Bolseiro, e sugeriu que deveriam aceitar sua ajuda para a viagem que estava por vir. Em seguida Carrapicho entra e pede desculpas pela confusão, e diz ter uma carta endereçada a Frodo de Gandalf. A carta diz que deve ir imediatamente até Valfenda e que deve confiar em Passolargo, cujo nome é Aragorn. Assim que eles estão convencidos de que Passolargo é um aliado chega Merry e Nob, o ajudante hobbit da taverna. Merry diz que saiu para tomar um ar e viu um estranho vulto sombrio conversando com alguém, e depois não viu mais nada. Nob o encontrou do lado da casa de Bill Samambaia, um dos dois homens que saíram da taverna quando Frodo sumiu.

No dia seguinte os hobbits encontram seus quartos revirados e com as camas cortadas. Seus pôneis também sumiram e com eles as suas provisões. Enquanto isso na madrugada Fofo Bolger é atormentado por vultos negros que rodeiam a casa de Frodo. Ele se esgueira pelos fundos e corre até a casa mais perto, que toca seu berrante e o seu aviso de que há inimigos nas terras-dos-buques. Com isso os cavaleiros fogem do Condado, agora cientes de que Bolseiro e o Anel não estão ali. O assalto à estalagem sabotou o plano de Passolargo de sair discretamente de Bri, e com isso um grande número de pessoas veio vê-los partir pela Estrada. Bill Samambaia estava em cima da Sebe próximo ao portão zombando de Passolargo e dos hobbits, feliz por ter vendido um pônei moribundo pelo triplo do preço a Frodo. Sam joga uma maçã que atinge em cheio p nariz do trambiqueiro. Depois de três dias confortáveis na estrada eles desviam e rumam para o leste a partir do pântano dos mosquitos, um lugar deveras desagradável. Seu próximo destino são as Colinas de Vento e o cume achatado do Topo-do-Vento, o pico mais ao sul e próximo da Estrada, onde poderão ter uma visão privilegiada de toda a região.

Depois de dias de caminhada chegam ao topo do vento. Lá encontram uma pedra com runas que podem indicar G3, um sinal de que Gandalf esteve ali no dia 03 de outubro. Frodo olha para a estrada ao oeste e vê cinco vultos negros se reunindo na estrada.

No sopé do monte eles montam acampamento e ouvem histórias de Passolargo sobre elfos e homens de outrora. Subitamente vultos negros surgem do topo da encosta, com um chiado congelante avançam na direção deles. Frodo sucumbe à tentação do Anel e o coloca no dedo. Ele vê os vultos negros mais nitidamente, com olhos brilhantes, elmos de prata e rosto cadavérico. Ele saca sua espada e a vê brilhar vermelho como um tição, e os cavaleiros param. Todos menos um, o maior com uma coroa que avança e ataca frodo com um punhal, ele se joga no chão e ataca o pé do espectro, mas leva uma punhalada no ombro e desmaia.

Frodo está com uma ferida mortal, seu ombro dói, ele tem febre e sente muito frio. A fogueira improvisada ajuda, e o reagente que Passolargo prepara com uma planta do sul ajuda a estancar a ferida, mas o veneno fantasma continua assolando Frodo. Os cavaleiros-negros recuam e esperam enquanto Frodo luta contra a vontade deles de o dominarem. Passolargo então os leva de imediato rumo ao Leste, passando por colinas e encostas arborizadas. O clima parece melhorar em um dia ensolarado onde eles passam pela floresta-dos-trolls e encontram os três amigos que foram petrificados por Gandalf e Bilbo há muito tempo atrás. Depois de seguirem mais um pouco ao lado da Estrada, ouvem sons de cascos e uma espécie de sino. E se deparam com Glorfindel, da casa de Elrond. Ele diz que estava procurando eles e que recebeu notícias de que Os Nove os estavam caçando. Ele coloca Frodo no seu cavalo e os instiga a rumarem sem descanso até Valfenda.

Chegando perto do vau do Bruinen eles ouvem o estridente grito dos espectros, quando quatro sombras surgem atrás deles. O elfo instiga seu cavalo a levar Frodo em disparada para a ponte do outro lado do vau, e ao chegar perto um outro grito é ouvido, quando outros quatro cavaleiros negros aparecem correndo em direção ao hobbit e à ponte do vau. O cavalo se esforça ao máximo para atravessar antes disso, e para olhando para os espectros. Frodo grita em desafio ao chamado deles e manda voltarem para Mordor. Eles riem e dizem que ele deveria voltar junto com eles e o Anel. Depois de instantes onde o líder deles avança em direção a ponte um rugido de água é ouvido, e o rio é tomado por uma enxurrada de agua violenta onde cavalos brancos surfam as ondas e derrubam os espectros, levando eles pela correnteza violenta.

Frodo acorda em Valfenda e se reencontra com Gandalf. Ele ainda está se recuperando da ferida da lâmina amaldiçoada. Gabdalf conta que ele estava quase desvanecendo e sucumbindo aos espectros do Anel. Mas Elrond é um mestre na cura e conseguiu salvar o hobbit. Então Frodo se levanta e é recebido por um banquete em sua honra. Lá ele encontra Glóin, um mestre anão que participou da aventura de Bilbo à montanha solitária. Ele conta como o valle e os homens de lá triunfam sob a liderança dos Bardings. O filho de Baeorn, Grimbeorn é o novo líder dos troca-peles e protegem a estrada entre eregion e o leste. Glóin diz que está ali procurando conselho sobre Balin, que desapareceu. Depois disso Frodo encontra Bilbo, e os dois conversam sobre o condado e as aventuras que tiveram. Bilbo pede para ver o anel e por um momento parece se transformar em um ser magricelo e maligno com malícia pelo anel.

Frodo conversa com Bilbo até que chega Passolargo, a qual é chamado de O Dúnadan por Bilbo e os elfos de valfenda. Dúnadan significa O Homem de Ociente, pois Aragorn é Númenoriano. Ele e Bilbo vão para um canto, pois Bilbo pediu ajuda para terminar sua canção. Enquanto isso Frodo vai escorregando para um sonho onde fica ouvindo a música e os sons do salão ao seu redor. Durante o sonho Bilbo começa a recitar uma poesia sobre Earendil.

Frodo e Bilbo são convocados para o conselho de Elrond. Lá eles conhecem, Gimli filho de Glóin, Legolas, filho do rei elfico de trevamata, Thranduil. E Boromir, filho do regente de Gondor, Denethor. Lá a história do anel é contada, mas só depois dos convidados contarem o motivo da vinda até Valfenda. Glóin diz que os anãos foram convencidos pelos seus a rumarem a partir da montanha solitaria ate moria. Boromir pede ajuda pois os homens estã cedendo nas muralhas de Minas Tirith, a torre de vigia na fronteira entre Gondor e Mordor.

O relato continua sobre a jornada do Anel. Glóin conta que sauron ofereceu uma aliança e os anéis dos anãos de volta caso ajudassem a achar o Um. Ele diz também que Balin partiu para Moria em busca do Anel perdido de Thror e não retornou mais, por isso pede auxílio. Gandalf diz que viajou até o Condado em busca de Frodo mas encontrou Radagast, O Marrom, no caminho, e ele trouxe notícias de que Nazgûl, Os Nove, estavam a solta. Saruman queria ver ele de pronto. Assim Gandalf se dirigiu até Isengard, e na torre de Orthanc foi aprisionado pela traição de Saruman. Ele diz que a era dos Elfos acabou, e que os sábios devem tomar o poder da Era dos Homens. Ele quer o Anel para sí, e se aliou com orcs e lobos para montar um exército paralelo escondido de Sauron. Gandalf foi aprisionado e depois salvo por Gwindor, senhor das águias. Depois desse relato o Conselho pondera o que fazer a seguir. Muitos sugerem esconder o Anel, mas isso se mostrou impossível, então Elrond decidiu que o melhor a se fazer é destrui-lo, levando-o até Mordor e o jogando no vulcão de Orodruin, a Montanha da Perdição.

Boromir sugere que os homens de Gondor utilizem do anel ao invés de tentar destrui-lo. Elrond explica que o anel é maligno e corrompe qualquer um que o usar, até aqueles sábios e poderosos como Saruman, o Branco, que caso tivesse o Anel em mãos poderia ser capaz de destruir Sauron e tomar o seu lugar como o novo Senhor Sombrio. Depois de certa discussão Boromir aceita, e Bilbo se dispõe a ir como o cuidador do anel. Gandalf diz que ele já usou o anel de mais e que deveria ficar repousando. Com isso o silencio cai e só é quebrado por Frodo, que também se propoe a ir. Elrond aceita e diz que ainda devem reunir mais 7 companheiros para fechar os 9, um para cada Nazgûl. Sam estava escondido e de pronto se voluntaria, e Gandalf também. Agora estão esperando noticias e vendo quem mais deve ir. Elrond diz que cada representante das três raças devem ser representados. Assim é formado a companhia do Anel, com Frodo, Sam, Gandalf, Aragorn, Gimli, Legolas, Boromir e os dois hobbits, pippin e merry.

A comitiva parte durante a noite por orientação de Elrond. Eles passam diversas noites viajando para o sul, com as montanhas nevoentas ao leste. Chegam enfim até Azevim, ou Eregion como os elfos chamavam antigamente. Lá eles se deparam com um estranho silêncio, e uma revoada de corvos negros chamados cerbain, que supoem estarem os procurando a comando do Inimigo. Gandalf diz que o plano é atravessar as montanhas por Caradhras, mas que devem pensar como fazer isso sem serem detectados pelas aves.

Gandalf e Aragorn discutem sobre o caminho a seguir. Estão receosos sobre subir Caradhras, O Cruel, onde o Portão do Chifre-vermelho encima um pico branco de neve, porém com rochas vermelho-sangue. Escalam o início da colina até os joelhos da montanha e são acossados com um forte vento e nevasca, incomum tão abaixo do cume, o vento tem vozes maléficas sussurrando pragas. Estão em dúvida sobre continuar ou irem pelo lugar ?escuro e secreto? que Gandalf e Aragorn discutem em segredo.

A nevasca os cobre quase por completo, e apenas com o fogo mágico de Gandalf uma fogueira é acesa para derreter a neve e esquentar o grupo. No amanhecer decidem voltar e se deparam com o caminho bloqueado de neve. Aragorn e Boromir decidem eles mesmos cavarem a neve, e depois de alguns momentos voltam triunfantes. Na saída a montanha ainda solta uma grande pedra de neve em direção ao penhasco nas costas deles, bloqueando o caminho. Entendendo a mensagem, os viajantes se dirigem para sua segunda opção: Moria.

Descendo a montanha Gandalf decide montar acampamento em um círculo de pedras, na colina onde eles se abrigaram na noite anterior. Lá sons agourentos de uivos eram constantemente ouvidos, e um súbito ataque de wargs foi silenciosamente planejado, depois que Legolas flechou o seu líder na garganta. Gandalf usa fogo, aragorn e boromir cortam os líderes com suas espadas, e o arco de Legolas canta. Depois de derrotarem os líderes, o restante lobos fogem. O amanhecer vem e com ele Gandalf percebe que os corpos dos lobos sumiram, e as flechas de Legolas estão intactas, não eram wargs comuns. Se apressam então a sair da montanha. Como que por desejo de uma força maior, a neve para de subito e o tempo abre, como se isso agora fosse mais interessante do que a nevasca do dia anterior. Eles então avançam até um penhasco escavado onde deveria ter uma porta para Moria.

A comitiva chega a uma lagoa onde o rio sirannon foi represado. Eles a atravessam pelo norte e chegam em fim ao penhasco que cobre a porta secreta da montanha. No meio da muralha de pedra dois azevinheiros enormes montam guarda, e ali é onde a porta secreta está. Aquele lugar marca o fim do caminho entre Moria e Azevim, Eregion na lingua dos elfos de antigamente, que mantinham uma boa amizade com os anãos. Agora Gandalf se esforçava para fazer a porta abrir, mas nenhuma palavra parecia ser a correta. Uivos foram ouvidos de novo e um borbulhar sinistro vinha da lagoa, quando Boromir apavorado jogou uma pedra no meio dela, e Gandalf desmoronou nos próprios braços tentando pensar em algo. Quando os uivos e o borbulhar da agua estavam chegando cada vez mais perto Gandalf ri e diz que descobriu, e que na verdade a palavra secreta era Mellon, amigo em elfico. E que o segredo estava na própria pista "As portas de Durin, Senhor de Moria. Fala, amigo, e entra."

Bem na hora que Gandalf pôs o pé para dentro da Montanha, uma forma de tentáculo agarrou o pé de Frodo, o derrubando. Vendo aquilo o pobre pônei de Sam, Bill, se desespera e foge em disparada. Sam o deixa ir e chorando vai ao resgate de seu mestre Frodo. Ele corta o tentáculo com sua adaga e outros vinte surgem. Gandalf livra a todos do torpor e manda entrarem pelo portal. La dentro as serpentes do lago se debatem e acabam desabando as rochas no portal, selando os viajantes lá dentro. O túnel escavado na pedra é de muitas subidas e descidas na escuridão, e depois de diversas marchas eles finalmente decidem descansar em um salão de festividades amplo e alto, com colunas de rocha ornamentada o sustentando.

Frodo fica de vigia e parece ter visto dois pontos luminosos na escuridão, parecendo olhos. No dia seguinte A comitiva avança seguindo feixes de luz até uma sala onde jaz uma grande lápide branca. Em Runas de Daeron está escrito ?Balin filho de Fundin, Senhor de Moria?. Em um canto um livro velho e manchado é encontrado, o livro de mazarbul, um diário com os últimos acontecimentos de Moria. Lá está relatado como Balin virou Senhor de Moria ao tentar recuperar os salões do controle dos orcs. Infelizmente ele levou um golpe por trás e pereceu, mas Ori continua o relato, e o seu desfecho é de que a hoste de orcs encurralam os anãos, que perecem sem esperança.

Ao se demorarem na Sala de Guarda um clamor começa a ser ouvido, junto com guinchos e sons de muitos pés. Uma enxurrada de orcs começam a invadir e são barrados por Gandalf, mas no fim a comitiva precisa lutar e valorosamente Sam se destaca ao derrotar um dos inimigos. Pela selvageria da defesa os orcs fogem, mas o líder deles, um grande orc Uruk portando elmo e armadura negro adentra o salão, desviando e bloqueando os golpes de Boromir e Aragorn, e chegando por fim em Frodo, que é perfurado no ombro esquerdo pela sua lança. Ele cai rente a parede e Aragorn o vinga abrindo o elmo do orc com sua espada. Gandalf manda eles aproveitarem a brecha e fugirem pela porta do leste, e Aragorn carrega Frodo com o pesar de que ele se foi. Gandalf fica para trás para barrar a perseguição e se depara com uma força não antes vista. Um fogo sombrio que quase vence a sua magia e o exaure até as últimas forças.

Frodo acorda e se recupera, para o espanto de todos. Ele não revela como isso aconteceu, mas sabe que foi devido ao colete de malha de mithril que Bilbo o deu. Mithril é o metal mais precioso já encontrado na Terra Média, e só em Moria ele foi descoberto. Anãos e elfos apreciavam como ele era resistente, maleável e puro. Mas a sede por ele fez com que a Montanha fosse escavada de mais, resultando na ruína do povo de Durin em Khazad-dûm.

Eles fogem em direção a uma escadaria que corta um abismo em linha reta, sem proteção em nenhum dos lados. Flechas voam na sua direção e o dum dum dos tambores é incessante. Dois trols da montanha arremessam grandes pedras para que a hoste consiga passar, mas em seguida todos eles estremecem e se encolhem enquanto um ser sombrio de chamas surge entre eles. Em uma mão um açoite de brasas e na outra uma lâmina incandescente, o monstro é um Balrog de Morgoth. Gandalf se prostra diante dele e conclama com o seu cajado "Você não pode passar, chama de Udûn, eu tenho o fogo de Anor, volte para as sombras!". E assim, com uma parede branca de luz a ponte do abismo se rompe e com ela cai o demônio, mas não antes de laçar as pernas do mago e o leva-lo consigo.

Fugiram de Moria com pesar no coração, pois Gandalf se foi. Eles descem o lago-espelho e passam pela Pedra de Durin, onde Gimli convida Frodo para dar uma olhada no vale ao redor. Mais em frente passam por uma ravina e deixar o lago para trás, chegando então na beirada da floresta de Lothlórien. Antes de entrarem Boromir está cauteloso e pergunta se realmente é necessário, pois em Gondor ouviu estranhas histórias sobre aqueles que ali foram e nunca retornaram, ou que não voltaram ilesos. Aragorn o repreende e diz que só o inimigo deve temer lugar tão belo e puro, pois ali habitam os Galadhrim, o povo élfico da floresta. Eles se banham no riacho que conflui o rio Celebrant e o Nimrodel, e Legolas canta uma triste história sobre a elfa que deu nome ao rio, e como ela gostava de cantar por ali, até que sumiu depois que os anãos despertaram o mal sob a montanha.

A comitiva decide descansar nas árvores, porém assim que Legolas se pendura no alto ramo da árvore chamada Mellyrn, que só crescia naquela região, um grito de aviso é ouvido, em seguida Elfos surgem os saudando na sua língua refinada. O líder deles é Haldor, e ele diz que é guardião daquelas partes, e os convida a subir na árvore para conversarem. Legolas e Frodo sobem por uma corda até uma plataforma de madeira que forma um grande salão, com um eirado e um teto de folhas, ambiente que os elfos chamam de talan. Lá os hobbits passam a noite e dormem tranquilos. Durante a noite orcs passam em disparada, e frodo vê um vulto negro fungando e escalando a arvore. Dois olhos brilhando e olhando para ele se aproximam, mas em seguida somem e o vulto foge quando Haldor volta. No dia seguinte avançam até o Naith, um lugar entre o rio Nimrodel e o Anduin, O Grande. Lá um morro chamado de Amroth surge e a comitiva é levada, primeiramente vendada e depois em liberdade. Pois os Elfos desconfiam do anão Gimli, e esse se recusa a aceitar ser levado vendado. Aragorn resolve sugerindo que todos sejam vendados.

Eles chegam em Cerim Amroth, uma cidade circulada por árvores brancas e sem folhas, onde no meio os talan rodeiam um eirado alto. Todos ficam maravilhados e frodo parece sentir o vento sul como aquele que vem do mar, com o som das águas e o canto dos pássaros.

Haldir os guia até Caras Galadhon, A Cidade das Árvores. Lá eles conhecem o Sr e a Sra élficos, Galadriel e Celeborn. A sra os esquadrinha e os testa para ver se são verdadeiros a causa. Depois passam vários dias lá, descansando e se recuperando. Legolas e Gimli se tornam amigos e Frodo faz uma música para Gandalf, quando o pesar de todos aumenta.

Galadriel convida os hobbits para observarem o seu Espelho, onde é revelado o que foi, o que é e o que pode ser. Sam vê o Condado sendo escavado e destruído por construções. Frodo vê Gandalf de branco vagando por um deserto, e Bilbo concentrado por voltas de papeis. No fim vê o Olho de Sauron, e o anel subitamente se torna pesado. Galadriel diz que sabe do que se trata e mostra que ela está com um dos Três, o de diamante, e conta como a destruição do Um significa o minguar dos elfos de Lothlórien, restando a eles irem para o oeste ou se reduzirem até o esquecimento. Mas isso todos estão satisfeitos, pois é melhor que serem subjazidos por Sauron

Chega a hora de se despedirem de Lórien, e recebem barcos para a viagem ao sul, com capas élficas feitas pela própria Galadriel e suas seguidoras. Para cada um dos companheiros ela deu uma dádiva, primeiramente a Aragorn, que recebeu uma bainha para sua espada lendária, onde runas élficas conclamavam o seu nome: Andúril. Além disso deu a ele um colar com uma jóia esmeralda em forma de cisne, um presente que era da filha de Galadriel, Celebrían, e depois da filha dela, Arwen Vespestrela.

Para o jardineiro Sam, Galadriel dá uma caixinha de madeira, com terra de Lórien. Para boromir, um cinto de espada dourado. Para Pippin e Merry, um cinto de prata com o broche como uma folha, e para Legolas, um arco galadhrim, com corda de cabelo-élfico. Ela pergunta o que o Anão Gimli deseja, e ele diz que não quer nada, apenas, já que ela perguntou, comentar que o seu desejo era uma mecha do cabelo dourado dela, que ele guardaria como o mais precioso tesouro de sua família, e representaria a amizade entre caverna e floresta. Ela então lhe dá três fios do seu cabelo. Por fim, para Frodo ela dá um frasco com a luz da estrela de Earendil, para brilhar e iluminar quando todo o resto falhar. Assim a companhia segue rumo ao sul pelo rio Veio-de-Prata e em seguida pelo Grande Rio, o Anduin, todos lamentando profundamente a despedida daquela terra de sonhos onde mesmo no inverno e no crepúsculo do tempo ainda é bela.

A comitiva desce o Anduin durante as noites e descansa durante os dias. Uma semana se passa sem grandes eventos, apenas a paisagem mudando e indo de florestas para pradarias no oeste, e descampados rochosos no leste, e um vulto que os segue tentando se aproximar durante as noites, Gollum, que vem nos seus encalços desde Moria. Durante a oitava noite o rio fica mais largo e raso, e subitamente violento quando ele volta a afunilar ao se aproximarem do vale da Queda de Rauros. Eles conseguem conter o súbito avanço, mas logo em seguida orcs surgem varando-os com flechas. Eles se protegem e impulsionam os barcos, finalmente se livrando do perigo quando o rio volta a se alargar e assim podem descansar na margem oeste.

Ao pararem na margem oeste um grande vulto negro sobrevoa vindo do sul. Legolas faz cantar seu arco elfico e atinge a besta, que cai com um guinchado lamuriento na escuridão. Os orques que comemoravam a vinda do vulto se calaram e não mais foram vistos ou ouvidos. O resto da viagem prosseguiu sem inoportunos, e a comitiva foi por rio e terra passando pela ravina e os penhascos de Emyn Muil, passando pelos Pilares-dos-Reis onde gigantescas estátuas de Isildur e Anárion advertem aqueles que desejam passagem por motivos malignos. Depois passam pelos montes de Rauros e ali descidem parar, pois não podem avançar mais sem antes decidir um caminho.

A comitiva decide descansar no morro ao oeste da queda de Rauros, e ali perguntam para Frodo qual caminho ele decidirá tomar. O hobbit está aflito e parte sozinho para pensar. Na verdade sabe qual caminho deve tomar, mas tem medo de admitir e se preocupa com seus companheiros. Todos deixam com que ele vá sozinho, mas Sam percebe como Boromir parece seguir o hobbit com o olhar. Depois de alguns momentos pensando sozinho e olhando para o leste a partir de uma clareira, Frodo se assusta ao perceber Boromir se aproximando com um sorriso gentil no rosto.

O gondoriano diz querer aconselhar Frodo, e que ele pode livrá-lo do Fardo. Frodo percebe que Boromir está com um olhar sedento e se apavora com a constante ladainha que o homem começa a fazer ao conversar consigo mesmo de como é estúpido a ideia de destruir um objeto tão poderoso. No fim ele ataca Frodo com desejo de obter o Anel, e o hobbit se vê obrigado a colocá-lo no dedo para assim poder escapar. Ele sobe até o topo do monte e de lá senta numa grande cadeira de pedra, utilizada antigamente pelos vigias daqueles passos. Lá ele observa Trevamata no norte, as montanhas nevoentas no leste, Gondor e Minas Tirith no sul, e finalmente Mordor e a torre de Barad-dur, a fortaleza de Sauron, com o olho que parece perseguindo-o.

Frodo toma coragem e decide partir sozinho em direção ao leste, rumando assim para os barcos. Enquanto isso, Boromir retorna e relata como encontrou Frodo, e como o mesmo fugiu dele colocando o Anel. Um súbito desespero e loucura toma conta da Comitiva, e todos partem para uma direção atrás do hobbit. Aragorn manda Boromir seguir Merry e Pippin e proteger os jovens, como reparação pelo mal que causou. Sam entende a mente do seu senhor e vai para os barcos, onde se junta a Frodo e o convence a levá-lo consigo. O livro acabo com os amigos rumando para o leste.