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Assalto à um comboio do Mugland

Senti que a hora de encarar o meu nêmesis tava chegando, e mesmo que meus companheiros sejam aceitavelmente competentes, pensei que precisávamos de uma ajuda extra para completarmos essa última missão. O pessoal parecia ocupado com outras questões, então decidi eu mesmo descolar um assalto. Não foi difícil chantagear o escrivão dos correios, genro do dono, com um peculiar gosto pelos pecados carnais. Uma carga pesada de contrabando era esperada a chegar na madrugada seguinte numa fábrica abandonada do antigo Distrito do Ferro, atualmente território do Mugland. Os Revólveres Dourados, já inspirados pelo trago, receberam a carga com indiferença, deixando a carruagem carregada na garagem, enquanto retomavam seu acalorado Poker.

Heh, eles nem viram de onde veio. O capanga, com um sorrizinho desdentado e vitorioso no rosto, estava reluzente descendo seu Às de espada, confiante de vencer a rodada, quando não só a carta foi perfurada por uma bala, mas também o seu olho esquerdo, o fundo do seu crânio, e a garrafa de whisky atrás dele. Tentando se recuperar do choque e entender o que tinha acontecido, mais um tombou da cadeira e foi ao chão, com a cabeça estourada. Enquanto eles se levantavam, sacando seus brinquedinhos dourados, outro saiu voando de encontro à parede, com um buraco no peito que podia ser tanto de um tiro de canhão, como de Jax, que vibrava de excitação ao limpar a cidade da escória. Os gênios tiveram a brilhante ideia de derrubar a mesa e se proteger atrás dela, como se a pífia madeira fosse o suficiente para protegê-los do meu ódio, e da sede de justiça de Jax. Vendo um dos seus "amigos" capotar no chão, o seu ânimo de lutar foi junto. O mergulho que se sucedeu depois de um deles passar o marco da porta e ativar a armadilha de lâminas e beijar o esfalto, sem as duas pernas, foi, modéstia a parte, lindo de se ver. O último sobrevivente, um moleque humano de uns 20 anos, perdeu toda capacidade de reagir e ficou apenas encolhido no chão, rezando. Me disseram que fazê-lo assistir enquanto eu me deleitava com a carne dos seus parceiros mortos foi crueldade, eu discordo. Enquanto palitava os dentes com o osso do indicador de seu amiguinho agora esquartejado, avisei que o próximo seria o próprio Mugland, e que eu não iria descansar até que devorasse toda a carne do seu corpinho avarento.