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Andurîn Buscapedra

Andurîn Buscapedra é um anão da montanha, clérigo e devoto a Tyr, o Deus da Justiça. Ele se aliou a ordem depois que o seu clã foi absolvido de um julgamento contraditório, onde apenas um sumo-sacerdote de Tyr foi capaz de salvá-los da perdição completa.

Forgando o Martelo da Justiça

Seu pai, Javelîn Buscapedra, junto de seus irmãos Martelîn e Marretîn, descobriram um vasto veio de obsidiana, um minério escuro e poderoso, dentro das profundezas da Montanha Mãe. Eles foram cuidadosos, seguiram todos os rituais e realizaram todos os procedimentos necessários para a mineração desse valioso mineral. Ao começarem a enriquecer com o comércio da sua nova mina, os clãs rivais cresceram cobiçosos, ainda que generosidade não faltasse para todos os amigos do clã Buscapedra.

Um clã em especial, os Cabeça-de-Rocha, liderados pelo patriarca Antagônir, não suportavam ser passados para trás por uma das famílias mais simplórias do reino, e por isso decidiram eles mesmos abrir a sua mina de obsidiana, cortando caminho de forma irregular e imprudente, por meio de túneis proibidos que avançam fundo no coração da Montanha.

A resposta da Mãe Montanha foi rápida, súbita e violenta, grandes rios de lava surgiram dos túneis proibidos, assolando tudo em seu caminho, levando consigo diversos dos irmãos do clérigo. A fúria da montanha só foi aplacada quando não havia mais nada nos seus corredores, obscurecidos pelo minério e pelos destroços do que antes foi a maior mina de obsidiana que os anãos da montanha já viram.

Todo o reino foi atingido pela imprudência e ganância do clã Cabeça-de-Rocha, porém a sua influência com o conselho os blindava, e a culpa logo caiu sob o clã Buscapedra. Eles, que haviam minerado por séculos respeitando as tradições, agora eram enxotados como desonestos, ingratos e indignos. Após sofrer as mais absurdas das punições e de verem suas riquezas serem surrupiadas pelos Rocha em julgamentos mais que parciais, o jovem Andurîm decidiu sair em jornada em busca de uma solução. Seu pai e irmãos não tinham mais forças para lutar contra o sistema que não via valor naqueles que perdem sua honra, então restou para o filho mais novo do clã Buscapedra em encontrar uma solução.

Assim ele saiu em jornada para as terras áridas do leste, em busca de um erudito que, diziam as lendas, havia encontrado a sabedoria necessária para resolver qualquer disputa que já houve entre as diversas raças parentes dos anãos. O tio de Andurîn por parte de mãe, Clarinetîn Buscapedra, sumiu muitos anos atrás, quando uma discussão com seu antigo patrão sobre as precárias condições de trabalho (até para o nível de anãos robustos e resistentes) dos mineradores de mercurium escalonou a ponto de o acusarem de conspiração com os anãos da colina. Clarinetîn então se viu obrigado a fugir para o exílio em zonas neutras, para que assim uma guerra entre os povos anânicos não explodisse, não sendo mais visto desde então.

Por fim, o clérigo encontra seu desconhecido tio, que descobre ser agora um sumo-sacerdote da Justiça. Ele conta a trágica história de como seu clã foi injustamente acusado de cair nas más graças da Mãe Montanha, e assim convence o seu tio de voltar para salvar o clã da ruína.

No caminho de volta para casa, o jovem anão e seu tio tiveram muitas aventuras, ajudando as pessoas sempre que podiam, espalhando a palavra de Tyr e realizando cerimônias sempre que requisitados. Assim o sumo-sacerdote arrebanhou mais um para o seu culto, maravilhando o sobrinho com os milagres e a visão de mundo dos clérigos.

Enfim chegaram no reino da Montanha, e lá reuniram as evidências dos crimes cometidos pelos Cabeça-de-Rocha, pondo um fim às injustiças acometidas contra o seu clã, e restaurando a honra e a glória do seu nome. Depois disso, maravilhado com os deveres e poderes dos clérigos da guerra, Andurîn faz um juramento a Tyr e a Clarinetîn, para vagar o mundo em busca de justiça, espalhando a palavra do seu Deus e com isso tentar retribuir as graças que eles forneceram para a sua família.